Perante um panorama cada vez mais exigente em termos de qualidade dos produtos alimentares, nomeadamente a peças de talho e devido a uma maior exigência relativamente a uma alimentação saudável, as nossas raças nacionais são um ponto chave em tantos mas tantos aspectos!
Vamos fazer um pequeno foco a este património genético tão rico e tão importante.
As raças autóctones nascem através da selecção do Homem, selecção esta feita através da finalidade a que as raças são sujeitas (leite, trabalho, produção de carne). Muitas das raças existentes a nível nacional nasceram quando ainda se estava bem longe de uma mecanização agrícola tão avançada como a que encontramos nos tempos de hoje. Aqui muitas raças bovinas existentes no nosso país eram utilizadas em trabalhos de tracção muito exigentes.
Com a evolução da mecanização e dos tempos, muitas destas raças deixaram de ter um papel tão especifico em termos de trabalho e a sua função ficou focada para a produção de carne. Actualmente encontramos 15 raças bovinas autóctones.
Este extraordinário património genético de tanta qualidade e extremame
nte Português está muito adaptado às nossas condições edafoclimáticas, isto é, muito adaptado ao relevo que pode passar das longas planícies aos montes e montanhas de Portugal, tal como os grandes extremos de temperatura no nosso clima mediterrânico, seguindo assim grandes diferenças a nível nutricional, pela ausência ou permanência de pastagens naturais de acordo com a estação do ano.
Estas nossas raças são, por norma, muito pouco exigentes a nível nutricional, o que faz das reprodutoras utilizadas em linha mãe animais muito económicos, muito férteis e muito rústicos.
Vamos tentar explorar este tema e falar um pouco de cada raça e do seu solar de origem, mais à frente.
Mário Pereira
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