Voltando ao tema das raças autóctones e na perspectiva de pensar cada vez mais na produtividade em números e na máxima rentabilidade, cabe aos futuros responsáveis pelas raças Portuguesas, em melhorar todo este património genético único. A melhoria de uma raça não deve ter em conta a modificação em nenhuma das linhas morfológicas nem funcionais, no entanto tenho uma larga e interrogativa opinião sobre esta ultima reflexão relativa ao funcionamento de uma raça: Tendo em conta que as nossas raças autóctones eram utilizadas, na maioria, na produção de trabalho e visto que essa aptidão já quase que se extinguiu, não deveríamos de reverter rapidamente essa aptidão para a juntar à produção (GMD) rápida de carne, mantendo o tipo?
No seguimento desta opinião e revolta pessoal, e segundo uma pesquisa pessoal que chego à raça bovina Mirandesa, e tento ligá-la à conversa inicial.
Caros leitores, a raça bovina Mirandesa, foi das primeiras raças do Norte do país a sair do solar de origem e a povoar a zona centro e sul, pois era tido em conta que a Mirandesa era uma raça de trabalho por excelência, com um temperamento bastante dócil e com boa conformação ou melhor, com boa aptidão para a carne. Hoje em dia encontra-se dispersa por muitos concelhos do nosso país.
Esta raça no meu ponto de vista, é uma raça com um futuro muito promissor, fora e dentro do seu solar de origem, pois é uma raça com alguma corpolência 450/550 kg, mas no entanto é bastante rustica, muito dócil o que ajuda bastante em qualquer tipo de maneio e se compararmos o tipo de sistema de exploração com o produto final (vitelo), esta raça dá-nos vitelos com 200 kg aos 210 dias. O sistema de exploração desta raça é o extensivo. 60/80% de fertilidade, 26/30 meses ao 1º parto, intervalo entre partos de 12/13 meses, peso ao desmame de 170/200 kg e com um rendimento de carcaça de 61,6%.
Abaixo segue-se uma apresentação da raça, por parte da "Carne Mirandesa".
Para mais informações visite o sitio da raça Mirandesa, Aqui.
MP
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